sábado, 19 de dezembro de 2009

Causando Vergonha Alheia

PROVAVELMENTE o autor de eclesiastes está se revirando agora no seio de abraão (isso se ele estiver deitado lá, se não pode ser só uma coceirinha no pé...) mas esse negócio de escrever é bastante viciante. Torno cá para produzir conteúdo que não será lido (que complexo de inferioridade; rufem os violinos).

ENFIM, que se desenrole o título e pare o lero lero.

QUEM nunca sentiu vergonha alheia? Sabe, quando aquele seu amigo manda um xaveco muito fraco na menina que ele gosta (e você sabe disso)? Ou quando o parceiro do seu lado decide que é cantor e começa um solo no meio da estação de metrô, naquele volume que os transeuntes param pra ter certeza se estão ouvindo ou não aquilo? Aposto que devam haver inúmeras histórias de vergonha alheia envolvendo bebidas alcóolicas, mas elas deixam tudo mais sem graça (é isso ai, beber te deixa mais sem graça, embora você ache o contrário), então me recuso a comentar. Enfim, aquele sentimento de quem sabe que o cara tá mandando mal, mas acha que tá abafando. Na verdade, vergonha alheia é uma expressão tão autoexplicativa (anotem ai, nova regra ortográfica) que estou sendo prolixo e corro o risco de estragar. Vergonha alheia é sentir a vergonha que outra pessoa deveria estar sentindo.

POIS bem, mas agora que se diga o porque do "Causando" no título. Acontece que eu adoro, A-DO-RO (alguém sinta vergonha alheia, por favor =D), causar vergonha alheia nos outros. É muito bom ver a reação dos seus amigos quando você faz um biquinho e começa a imitar um trompete em plena avenida Paulista, enquanto espera aqueles faróis para pedestres miseráveis abrirem e a esquina está cheia de gentes. Ou quando você resolve dar uma estrela (bastante torta, afinal alongamento é pra mulheres) na estação Sé de Metrô com uma mochila nas costas. Ou quando você liga pra pizzaria e pede por um sabor e pergunta se na concorrência é mais barato. Ou quando você resolve atravessar a rua num "moon walk" style apontando o indicador pros motoristas. Poderia ficar a noite toda dando exemplos, mas vou gastar as ideias à toa (pretendo usá-las =D).

O FATO é que, fazendo isso, dou histórias pra muita gente. Imagino o que a tiazinha que estava do meu lado no ônibus falou em casa depois de ver eu me trocando do lado dela (calma, eu tava com um shorts por baixo da calça e uma camiseta por baixo da camisa, mas ela deve ter tomado um susto quando me viu desabotoando a calça a baixando o zíper...). Ou dos motoristas depois de verem que Michael não morreu, mas continuou branco e fez permanente no cabelo pra ter cachinhos de novo =D

CAROS colegas. Sou muito grato pela vergonha que vocês sentem em meu lugar. Com certeza a cara de vocês faz parte de uma cena bastante hilária, que não estaria completa sem vossa reação. Portanto, peço-lhes, humildemente: caso tenham coragem de andar comigo por ai, treinem vossas caras de vergonha alheia e deixe-me usá-las! Para o bem dos passantes, peço-vos =D

4 comentários:

Felipe S.N. disse...

uahauhau
eu li.

Lucas disse...

vou comentar só pra ficar conjugado corretamente

Unknown disse...

ahahahahahhahaha eu li.. e ri
por favor gostaria mto de estar presente qndo vc colocar as ideias em pratica.. me chama!!

Gabis. disse...

Só Deus sabe o tanto de vergonha que eu já passei (e que ainda vou passar contigo). E só Ele sabe o tanto que eu me divirto com isso...(e o tanto que eu vou me arrepender por admitir isso).